Parque da Cantareira

Parque Estadual Serra da Cantareira + Núcleo da Pedra Grande

Por Nilo Luz e Flávio Endo

São Paulo, a famosa selva de pedra brasileira é muitas vezes acusada de ter pouco verde, ou até mesmo nenhum, porém existem ótimas opções de parques e passeios na cidade, para aqueles que moram e gostam de natureza e também para aqueles que estão só de passagem e querem conhecer esse outro lado da cidade.

No post de hoje vou falar sobre o Parque Estadual da Cantareira, uma das maiores reservas do Estado de São Paulo e que está ao alcance de todos sendo uma ótima opção de lazer. No total a área é composta pelo Horto Florestal, Parque da Cantareira, Núcleo Pedra Grande e Núcleo das águas claras. O parque fica localizado na zona norte de São Paulo e é possível ir de metrô+ônibus.

Parque da Cantareira

No último fim de semana em São Paulo, eu e dois amigos (Flávio Endo e Arno Velhorst) resolvemos aproveitar o belo dia para conhecer o espaço, mas como chegamos um pouco tarde ficamos apenas no Parque Recreativo e o Núcleo da Pedra Grande, o que também é uma ótima desculpa para voltar outro dia.

As pessoas que moram nas proximidades vão até lá nos fins de semanas e feriados para praticar exercícios ou simplesmente sair da rotina, ao chegar aos arredores do parque podemos ver as ruas em volta cheias de carros estacionados, logo pensamos que o parque estaria abarrotado de gente. Porém, isso não se confirmou, o parque é grande e estava bastante tranquilo.

Clique para ampliar as fotos:

O Parque tem um ótimo ambiente, similar ao que vemos em outros parques como o Villa-Lobos e o Ibirapuera (não é tão grande quanto) e conta com playground, espaço para exercícios, pista de caminhada, quadras esportivas e um arboreto para aprender mais sobre as árvores que infelizmente estava fechado no dia.

Além de uma boa gama de árvores, o parque conta com pássaros muito bonitos e capivaras que vivem na beira do lago. O parque também tem um ótimo espaço para sentar e observar a natureza, assim como para fazer piqueniques.

Núcleo Pedra Grande

Parque da CantareiraApós conhecermos o parque e darmos uma boa volta por lá decidimos ir ao Núcleo Pedra Grande, uma reserva fechada com uma trilha asfaltada que leva ao alto da montanha e a famosa Pedra Grande. A entrada do núcleo fica na mesma rua do parque, basta uns 5 minutinhos de caminhada para chegar até lá. É necessário pagar 12 reais para entrar, estudantes pagam meia.

Uma ótima ideia é encher uma garrafa de água para levar, por mais que o caminho seja tranquilo e cheio de árvores que fazem uma boa sombra a subida é bem íngreme. Existem diversas trilhas aos arredores do caminho principal por dentro da mata, nelas é possível ver os macacos, esquilos, pássaros, insetos e diversas árvores incomuns. Ótimo para quem gosta de natureza.

O caminho até o topo apesar de ser uma baita subida é tranquila, eu diria que é uma trilha bem família, ideal para quem tem filhos, com bancos, sombras e asfaltada. No caminho vimos diversas famílias com crianças que apesar de cansarem e fazerem algumas pausas, estavam bastante felizes com o clima bastante agradável da natureza.

Dicas do Flávio Endo sobre a Trilha da Pedra Grande

11141507_1061363763893255_1001163097_oA trilha é considerada difícil, mas se você se considera uma pessoa em forma, não tem nada demais. Ao todo são 9,6km (ida e volta) em trilha asfaltada com subida e descida. Muito sussa! O melhor de tudo é que quando chegar na Pedra Grande, poderá ver a cidade de São Paulo do alto. No caminho, é possível fazer outras trilhas. Pra quem gosta até vale a pena fazer tudo ou a maior parte das trilhas para aproveitar o tempo. Quando eu fui, devo ter percorrido uns 15km ao todo!

Prós da Trilha da Pedra Grande

– Trilha Larga, dá pra ir de galera.

– A paisagem de cima da pedra vale a pena.

– O acesso para a trilha é fácil de ônibus.

– É possível subir e descer em 2h30 andando de boa.

Contras da Trilha da Pedra Grande

– Não é uma “trilha” de verdade. É um caminho asfaltado.

– Nos feriados, costuma ser muito cheio.

– Tem que pagar R$12,0 (inteira) para entrar.

Bom saber quando estiver na Trilha da Pedra Grande:

– Não há banheiros no caminho da trilha. Tem nas portarias, do lado do mirante da Pedra Grande e na Lagoa das Carpas.

– Não há restaurantes, lanchonetes ou qualquer outra coisa para comprar comida. Leve de casa.

– Há água potável na entrada do núcleo da Pedra Grande, você pode abastecer suas garrafas antes de começar a subir.

– Nos domingos costuma ser muito cheio. Vá bem cedo.

– Não há passaporte nesta trilha. A moça do guichê me falou que compra-se na secretaria do Meio Ambiente.

– Veja a previsão do tempo antes de ir. Se chover, não há muitos lugares onde você poderá se abrigar.

– Apesar de ser óbvio, vá com roupas adequadas. Digo isso porque vi uma mulher de salto na trilha!

A Pedra Grande

Então após encarar a subida finalmente chagamos ao alto da Pedra:

Trilha da Pedra Grande

A vista lá de cima é realmente incrível, após o passeio é ótimo ver a cidade de ângulo totalmente diferente. Do alto da Pedra Grande as pessoas faziam seus lanches (e levavam a sujeira embora!), batiam fotos e contemplavam a vista. No museu após a pedra grande, vemos uma maquete de toda a reserva e algumas fotos dos animais que ali habitam. Na próxima vez vou conferir o largo das carpas, que segundo os funcionários do parque é um ótimo lugar para gastar algumas horas, seja em um piquenique, descansando ou para levar as crianças.

Trilha da Pedra Grande

Trilha da Pedra Grande

De qualquer forma o ambiente é um prato cheio para quem gosta de natureza, seja para os novos ou antigos moradores da cidade, ou para quem está só de passagem por São Paulo.

E você, já conhece o Parque da Cantareira e a trilha da Pedra Grande? Diga o que achou nos comentários!

Sobre Nilo Luz

Freelancer na área de marketing digital e apaixonado por viajar pelo Brasil e pelo mundo. Entusiasta em nomadismo digital, já morei na Austrália e conheci um canguru, já dei banho nos elefantes resgatados de maus tratos na Taiândia, comi massa e pizza na Itália e bebi vinho do porto em Portugal entre outras coisas durante minhas viagens, mas a mais importante é conhecer um pouco da cultura de cada local e outros viajantes, e aprender no processo.

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